A necessidade do homem de se comunicar com outros de sua espécie criou o que conhecemos como linguagem. Hoje em dia, com as pessoas conectadas de tantas formas diferentes, a transmissão de ideias através da linguagem (oral ou escrita) sofre adaptações constantes, misturando realidades que falam a mesma língua, mas de outras maneiras. O livro “Por uma Vida Melhor” (adotado pelo MEC para mais de 4 mil escolas públicas) causou polêmica recentemente ao ser acusado de “ensinar” o uso da linguagem popular e desvalorizar as tradições originais da norma culta. Nele há expressões como “nós pega o peixe”, consideradas “erradas” pela gramática, mas que fazem parte do dia a dia de alunos que conjugam verbos conforme aprenderam em seu contexto social.
Segundo o Ministério da Educação, o livro não só ensina a norma culta da língua, mas também a diferencia da aplicação na forma oral e combate o preconceito contra os alunos que falam a linguagem popular. Os críticos não concordam: o linguista Bruno Dallari, por exemplo, acredita que aceitar o ensino da língua popular pode provocar o efeito contrário, deixando apenas para a elite o uso da norma culta. Seguindo a mesma linha, o gramático Evanildo Bechara afirma que o aluno vai para a escola para alcançar uma posição melhor, e não para continuar apegado à língua que fala em casa.
A discussão não só afeta os alunos, ela diz respeito também à sociedade brasileira, que quer garantir que seus filhos tenham a melhor educação - seja ela formal ou coloquial.
E você, o que acha sobre este tema? Deixe seu comentário abaixo